terça-feira, 21 de julho de 2009

POLIANA GANHA MEDALHA EM ROMA


Em uma chegada espetacular, Poliana Okimoto ganha medalha inédita.
A última medalha em Mundiais de Esportes Aquáticos da FINA do Brasil foi com Gustavo Borges em Roma 94. Poliana ganha o bronze na prova de Maratona Aquática de 5 km no Mundial, uma medalha que tem muita representatividade, por isso, muita emoção dela e de quem a acompanhava. Também é a primeira medalha feminina em mundiais.
Poliana começou bem, e logo se posicionou, no segundo grupo, que disputava a 4ª posição. Na praia de Ostia, a Australiana Melissa Gorman, liderou a prova inteira, e foi ultrapassada faltando 20 metros, para a russa campeã olímpica, Larissa Ilchenko, mas na batida de mão, a russa, teve que dar mais uma braçada e perdeu para a Australiana. Poliana, faltando 2 km, se posicionou junto a 2 atletas, que disputavam o terceiro lugar. A primeira, a russa Ekatarina Seliverstova, foi ultrapassada primeiro, depois ela disputou braçadas com a espanhola Yurema Requena. Faltando 500 metros, Poliana, saltou na frente e abriu 5 metros para chegar na medalha inédita, com o tempo de 56m59s3. O técnico de Poliana, Ricardo Cintra, é também seu marido, comemorou muito, com a atleta/esposa, e elogiou a dedicação da dela.
É isso aí galera, a passagem dela foi em torno de 1'06". Taí um grande incentivo. VAMOS TREINAR !!!

domingo, 12 de julho de 2009

BCAA & EXERCÍCIO

Aminoácidos de Cadeia Ramificada (BCAAS) e Exercícios
Saúde & Performance - Suplementos.

Há muito tempo, os aminoácidos de cadeia ramificada têm sido utilizados na nutrição clinica no tratamento de uma série de patologias. Hoje, muito se discute sobre os possíveis efeitos ergogênicos destes na atividade física, bem como seus diferentes mecanismos de ação fisiológica.

Os aminoácidos de cadeia ramificada, popularmente conhecidos como BCAAs, sigla derivada de sua designação em inglês Branched Chain Amino Acids, compreendem 3 aminoácidos essenciais: leucina, isoleucina e valina, encontrados, sobretudo em fontes protéicas de origem animal (HENDLER & RORVIK, 2001). Apesar destes aminoácidos não serem considerados a principal fonte de energia para o processo de contração muscular, sabe-se que estes atuam como importante fonte de energia muscular durante o estresse metabólico. Neste contexto, estudos têm mostrado que nestas situações a administração de BCAAs, particularmente a leucina, poderia estimular a síntese protéica e diminuir o catabolismo protéico muscular (BLOMSTRAND & SALTIN, 2001). Além dos possíveis efeitos ergogênicos no metabolismo protéico muscular, outros têm sido sugeridos: retardar a ocorrência de fadiga central (NEWSHOLME & BLOMSTRAND, 2006), aumentar o rendimento esportivo (MADSEN et al 1996), poupar os estoques de glicogênio muscular e aumentar os níveis plasmáticos de glutamina após o exercício intenso (BLOMSTRAND & SALTIN, 2001).

BCAA E FADIGA CENTRAL
Estudos com suplementação de aminoácidos de cadeia ramificada demonstram que essa estratégia nutricional pode ser efetiva na promoção do anabolismo protéico muscular e diminuição da lesão muscular pós-exercício. No processo de síntese protéica muscular, destaca-se, entre os aminoácidos de cadeia ramificada, a leucina, que induz a estimulação da fosforilação de proteínas envolvidas no processo de iniciação da tradução do RNA mensageiro, o que desse modo, contribui para a estimulação da síntese protéica (ROGERO & TIRAPEGUI, 2007).
Cabe ressaltar que a administração oral de leucina produz um ligeiro e transitório aumento na concentração de insulina plasmática, fato este que também estimula a síntese protéica (ROGERO & TIRAPEGUI, 2007).

A fadiga decorrente do exercício físico é um fenômeno complexo cujas causas parecem depender do tipo, intensidade e duração do exercício (FITTS, 1994). Para efeito de discussão, a fadiga pode ser definida como um conjunto de manifestações produzidas por trabalho ou exercício prolongado, que tem como conseqüência redução ou prejuízo na capacidade funcional de manter ou continuar o rendimento esperado (ROSSI & TIRAPEGUI, 2000). Na fadiga central, os mecanismos relacionados à ocorrência seriam a hipoglicemia e a alteração plasmática na concentração de aminoácidos de cadeia ramificada e triptofano (NEWSHOLME & BLOMSTRAND, 2006).
O triptofano é um aminoácido essencial, tanto para homens como animais. Entre suas diversas funções está a de precursor do neurotransmissor serotonina, o que influencia no sono, comportamento, fadiga, ingestão alimentar, entre outros. O triptofano pode ser encontrado na corrente sangüínea na forma livre (10%) ou ligado a proteínas transportadoras (90%). Em exercícios de longa duração, o organismo passa a utilizar os lipídeos como fonte de energia, fazendo assim com que o triptofano possa circular em grande quantidade na forma livre pela corrente sangüínea. Assim, quando a existe grande quantidade circulante deste aminoácido, possivelmente ocorre uma maior síntese do neurotransmissor serotonina, um dos grandes responsáveis pela ocorrência da fadiga central. A suplementação de BCAAs tem sido sugerida na hipótese de competir com o triptofano livre na corrente sangüínea, diminuindo assim a síntese de serotonina e
consequentemente prevenindo a ocorrência de fadiga central (ROSSI & TIRAPEGUI, 2004).

Outras evidências

Não há evidencias de que a suplementação com BCAAs exerça efeito significativo sobre o rendimento físico e metabolismo de carboidratos, uma vez que os resultados dos estudos são conflitantes. Em contraste, foi verificado que a suplementação com BCAAs promove aumento significativo nos níveis plasmáticos de glutamina no período de recuperação (pós-exercício), uma vez que servem de substrato para a síntese deste aminoácido (BLOMSTRAND et al, 1995). Parece não haver necessidade para a ingestão de BCAAs, antes e durante o exercício, como estratégia para melhorar o desempenho esportivo. Contudo, a ingestão de aminoácidos, em particular de BCAAs, pode trazer benefícios de outra natureza, tais como a redução do catabolismo protéico durante o esforço e/ou durante a recuperação.
O uso de BCAAs é considerado ético. Os principais efeitos adversos relatados com o uso do suplemento, especificamente com altas doses, são: desconforto gastrintestinal, como diarréia, além de comprometer a absorção de outros aminoácidos (WILLIAMS, 1998).

Referências Bibliográficas

BLOMSTRAND, E. et al. Effect of branched-chain amino acid and carbohydrate supplementation on the exercise-induced change in plasma and muscle concentration of amino acids in human subjects. Acta Physiologica Scandinavica, v.153, p.87-96, 1995.
BLOMSTRAND, E.; SALTIN, B. BCAA intake affects protein metabolism in muscle after but not during exercise in humans. American Journal of Physiology – Endocrinology and Metabolism, v.281, n.2, p.E365-E374, 2001.
FITTS, R.H. . Physiological Reviews, v.74, n.1, p.49-94, 1994.
HENDLER, S.S.; RORVIK, D. PDR for nutritional supplements. Medical Economics, 2001.

quinta-feira, 9 de julho de 2009

TREINAMENTO FUNCIONAL - CORE 360º

TREINAMENTO FUNCIONAL
O nome Treinamento Funcional pretende ser auto-explicativo. Traduzido do original em inglês, esse conceito de preparação física tem por objetivo estar conectado à funcionalidade dos movimentos ou atividades. Tem a ver com função, como o nome diz.Surgido como uma nova vertente do treinamento esportivo de alto rendimento, e regido pelos Princípios Básicos de Treinamento, que seriam os da Especificidade, da Progressão, da Variação e da Transferência.
O Treinamento Funcional é uma abordagem diferente para pensar o desenvolvimento motor e o condicionamento físico do indivíduo, ou seja, o Treinamento Funcional possibilita uma preparação para a execução de movimentos mais eficientes (aumento de performance) e a prevenção de lesões, tornando o corpo mais inteligente nesse processo, e fazendo acessível a qualquer indivíduo as estratégias de condicionamento usadas pelos melhores atletas do mundo.Ganho de Força e Massa Muscular, Perda de Peso, Gordura e Aprimoramento da Postura desenvolvendo de forma equilibrada todas as capacidades físicas como: Equilíbrio, Força, Velocidade, Coordenação, Flexibilidade e Resistência são possíveis pela prática regular de um programa de Treinamento Funcional.
O QUE É CORE 360º ?
CORE é o centro de produção de força, geração de estabilidade e absorção de impacto do corpo, musculatura que envolve nosso tronco de dentro pra fora, mais profunda. Essas ações são realizadas em 360º quando estamos em movimento. Esses dois termos básicos relacionados ao Treinamento Funcional dão nome a metodologia de aplicação desse conceito, criada em parceria pelo Professor Luciano D’Elia, Precursor do Treinamento Funcional no Brasil.

NUTRIÇÃO - PROTEÍNAS

O Papel das Proteínas na Atividade Física - Fisiologia

Existe a argumentação de que a proteína é utilizada apenas num grau limitado como combustível energético durante o exercício (apenas 5 a 10 % da energia total).
Na verdade, elas são utilizadas para proporcionar os blocos formadores de aminoácidos para síntese tecidual, mas estudos demonstram que há aumento da concentração de uréia plasmatica, o que está acoplado a uma elevação dramática da excreção de nitrogênio no suor, evidenciando o aumento da utilização de proteína durante o exercício. Esses estudos também mostram que a essa utilização é maior em estados de depleção de glicogênio. Isso enfatiza o papel importante dos carboidratos como poupadores de proteínas e demonstra a importância da manutenção desses estoques durante o exercício.
A fase inicial de um programa de treinamento com exercícios impõe uma demanda maior de proteínas corporais em virtude da lesão muscular e das demandas metabólicas. Porém não se sabe se esse efeito é transitório ou se há aumento a longo prazo das necessidades preconizadas pelo RDA.
COMO AS PROTEÍNAS SÃO UTILIZADAS
Certas proteínas não podem ser utilizadas prontamente para obtenção de energia. Esse processo envolve processos bioquimicos descritos a seguir:
Ciclo da alanina
Os aminácidos dentro do músculo são transformados em glutamato, e a seguir, em alanina. A alanina liberada pelos músculos ativos é transportada até o fígado, onde é desaminada (processo onde se retira da molécula o nitrogênio, restando o esqueleto de carbono). O esqueleto de carbono restante é transformado em glicose (gliconeogêse) e a seguir, é lançado no sangue e transportado até os músculos ativos.
Os fragmentos de carbono provenientes dos aminoácidos que formam a alanina podem ser oxidados, a seguir, para a obtenção de energia dentro da célula muscular específica. Após 4 horas de exercício contínuo de baixa intensidade, a produção hepática de glicose derivada da alanina pode ser responsável por 45% da glicose total liberada pelo fígado. A energia derivada desse ciclo pode atender de 10 a 15% da necessidade total do exercício.
fonte: rgnutri.com.br